Incentivando o mercado de energia fotovoltaica China divulga medidas de apoio financeiro para o setor.
14/05/2021
Ação engloba a renovação ou extensão de empréstimos para empresas de energia renovável que estão passando por adversidades imediatas, mas têm capacidade lucrativa de longo prazo.
Novas medidas de auxílio financeiro às companhias envolvidas na elaboração de projetos de geração eólica e solar foram divulgadas pelo Banco Popular da China. O governo chinês visa agilizar o avanço do setor renovável do país.
A medida foi decretada após uma declaração realizada pelo presidente Xi Jinping no começo de março. Na declaração, o presidente relata que, atualmente, a estrutura de energia chinesa é comandada por combustíveis fósseis, fazendo com que um sistema mais otimizado para geração limpa consiga ajudar nessa questão.
Com objetivo de alcançar essa meta, Jinping certificou que diversas políticas e iniciativas seriam desenvolvidas de forma a acelerar as novas instalações e também apontou uma elaboração vigorosa de novos empreendimentos renováveis.
Segundo o Banco Popular da China, o novo plano de segurança energética está ligado à meta mais ampla do território chinês, definida dentro do 14º Plano Quinquenal, de alcançar o pico de emissões de gás carbônico em 2030, encaminhando-se para a trajetória de chegar a zero emissões em 2060.
O suporte financeiro abarca a renovação ou extensão de empréstimos para empresas de energia renovável que estão passando por empecilhos imediatos, porém possuem capacidade lucrativa de longo prazo. Outra iniciativa é o compromisso de assegurar que os compradores possam pagar o total do valor de sobretaxas de tarifa de energia renovável.
Estima-se que, em 2021, a instalação de geração solar possa manifestar um crescimento significativo com a China fortalecendo a estratégia em renováveis. Em 2020, houve um acréscimo de potência fotovoltaica calculada em cerca de 50 gigawatts. Por isso, as projeções para 2021 atingem a marca de 70 GW, com a maior parte das avaliações indicando um volume entre 65 GW e 75 GW.
Com 10 GW de capacidade produtiva – incluindo células, módulos e silício policristalino – que devem iniciar suas atividades durante 2021, a indústria local de componentes e equipamentos prevê um crescimento das instalações fotovoltaicas nos próximos anos.
Além disso, o governo chinês agiu para atenuar gargalos na cadeia de fornecimento voltados a matérias-primas. Assim, respondendo à escassez que afetou fabricantes de módulos no ano passado, as restrições na fabricação de vidro solar foram retiradas.
Entretanto, a ausência de componentes e materiais ainda é um problema no país e é observada como principal responsável pelos atuais aumentos de preços de módulos, com repercussão esperada em todo o mercado internacional.
Fonte: Portal Solar